01 April 2012

excelente notícia acabadinha de chegar

A ExQuorum será um dos ocupantes dos espaços do antigo centro comercial Eborim. 
Desta forma, o coisasdocorpo, o Projecto de Investigação, a scandilatin e a máquinadodesejo já têm espaço de ensaios e de trabalho, os sofás do Senhor Trinity e a árvore da instalação Água Lda já têm onde ficar guardados; já podemos receber parceiros criadores e desenvolver as residências artísticas que constantemente fazemos - e o café do lado, o hotel da praça, os restaurantes, os museus, os bares e o posto de turismo agradecem.

O espaço, como sabem, e por se ter noção da realidade actual - local e nacional - vai ser recuperado sem grande investimento financeiro por parte da câmara (tendo-se esta disponibilizado a estabelecer protocolos, concorrendo a apoios - europeus por ex., mas não só - para viabilizar a sua recuperação técnica, sendo que todos os parceiros culturais e artísticos envolvidos no projecto irão contribuir para a sua dinamização). 
Como sabem, também, estes tempos estão dificeis para investimentos privados altos e nada como união para fazer a força; e como se sabe, os valores relacionados com a criação artística são sempre bastante mais baixos que as construções de estradas ou edifícios (mesmo às poucas que escapam às derrapagens financeiras pré-planificadas). Assim, de forma a criar emprego, riqueza (material e imaterial) e proporcionar dinamismo (financeiro, comercial, turístico) à cidade, chegou-se facilmente, de forma organizada e pacífica, a um acordo equilibrado: 
1. permite-se que a criação artística e a sua promoção não morra (sobrevivendo apenas, ou os que estão dependentes de subsidios camarários e do "ministério" da cultura - também eles em declinio -ou aqueles que jogam com o entretenimento únicamente comercial e industrial - que é legítimo, diga-se, já que cada um sabe onde quer, deve e pode navegar); 
2. permite-se que o público tenha acesso à criação artística mediante pagamentos acessíveis, evitando que a criação independente não coloque o valor da bilhética num patamar realista de sobrevivência comercial (que anda à volta dos 100/150€ por pessoa e por espectáculo).
3. dinamiza-se e promove-se a cidade, financeira, económica, social, cultural e turisticamente.
4. recupera-se um espaço abandonado, dando-lhe uma nova dinâmica, permitindo que se torne um espaço de investimento privado potenciado pelas forças públicas (sempre, tendo em consideração o bem estar e do desenvolvimento dos cidadãos) seguindo o bom exemplo dos ninhos de empresas ou os equipamentos nas áreas da educação e de investigação (como as universidades) ou o desenvolvimento imobiliário, por exemplo.
 
Parabéns à cidade que ganhou um espaço à imagem de outros que há na Suécia, Holanda e demais países desenvolvidos: um espaço comum (sem necessidade de cada um estar únicamente na sua quintinha), de todos, com todos e para todos. 
Os públicos e utentes irão, certamente, agradecer este gesto de proporcionar um grande projecto, com várias entidades artísticas e culturais eborenses envolvidas. 
Todos nós agradecemos esta possibilidade realista que decorreu de várias reuniões produtivas e positivas, sempre - unica e exclusivamente - em prol da riqueza da cidade de Évora, sabendo que quando se quer, consegue-se chegar a acordo e criar algo de muito bom, de forma conjunta.
Um grande abraço de força a todos os parceiros desta aventura que só agora começou.
Por évora, um viva ao diálogo, à colaboração, ao investimento, ao altruismo e à pro-actividade.
Viva!